quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Você
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
VEJA que absurdo.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Devaneios
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Minhas incoerências
Eu tive medo por muito tempo. Medo do que eu sentia, do que eu pensava, do que eu sonhava, e pelo medo deixei de fazer muita coisa. Eu me preocupei por muito tempo. Me preocupei com o que os outros pensavam, falavam, sabiam, e pela preocupação eu deixei de viver muita coisa. Mas eu mudei, mudei muito, mudei para algo que talvez eu não quisesse ter mudado, mas que me vi incapaz de evitar.
Nos dias de hoje, eu enlouqueço muito mais. A idade não me trouxe a paciência, apenas o desespero, sou uma prudente ansiosa, se é que tal definição pode fazer algum sentido. Por muito tempo eu evitei... Ouvir aquelas músicas, ver aquele filmes, ler aqueles livros... Por muito tempo eu reprimi vontades e desejos, desviei olhares, segurei suspiros, disfarcei lágrimas, mas hoje... Hoje tudo entorpeceu, tudo se desregulou, a sensibilidade se faz presente quando quer, ataca quando tem vontade.
Difícil de entender? Imagine sentir...
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Eu (P-2)
Nos anos que se seguiram, essa história ficou encravada na minha vida de uma maneira que eu me sentia desesperada pelo fato dos demais livros da serie demorarem tanto a sair, e quando saiam, eu os devorava como uma criança faminta a um pedaço de pão. ‘Harry Potter e a Ordem da Fenix’ eu li em uma semana, durante a semana cultural da escola, na minha sétima serie, quando eu era responsável pela decoração da sala, abertura e encerramento da turma, 30 min de leitura por dia, e o que eu conseguia ler enquanto almoçava (meus pais ficavam loucos por eu segurar um garfo com uma mão e o livro com a outra). A serie Harry Potter me abriu mais para a leitura, eu lia livros com mais facilidade, amava as ficções bem elaboradas, impossíveis, inimagináveis. Daí em diante passei por vários autores, na maior parte do tempo para facilitar a espera entre o lançamento de um livro e outro da serie, Pedro Bandeira, Meg Cabot, Diana Wayne Jones... E depois para outros menos infantis, Andre Vianco, Anne Rice, Sheakespeare, Flaubert, Lispector, Machado de Assis, Verissimo (pai e filho)... E nesse mundo de livros fiquei.
Eu nunca fui muito... Comum, sempre fui estranha num lugar onde todos eram muito similares, não tenho vergonha, nunca me importei com isso. Passei mais de 8 anos na mesma escola, e minha peculiaridade foi surgindo durante a adolescência, de forma que os amigos que tinha já estavam acostumados comigo, eles não me tratavam diferente, nem olhavam para mim diferente, os colegas ate que sim, os amigos nunca. Eu fiquei na mesma sala, sempre a turma A do Centro Educacional Aproniano Martins de Oliveira, por 8 anos, lá eu fiz grandes amigos, embora não tenha mais muito contato com nenhum deles, joguei futsal, sendo capitã e goleira do time do inicio ate o momento que fui embora, líder de turma desde a 4º serie, não era exatamente anti-social. Mas ai, tudo mudou... Como toda a minha turma, ao chegar na 8º serie do ensino fundamental, eu prestei exame para entrar na categoria de ‘Ensino Médio Integrado’ do antigo Centro Federal de Educação Tecnologica (CEFET), hoje Instituto Federal, fui aprovada no curso de Edificações, e pela primeira vez em quase uma década, fui aquilo que mais detestava ser, novata. Mesmo todos da minha turma serem novos também, aquilo não me deixava mais confortável...
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Eu (P-1)
Sinto, por algum motivo, enquanto monto palavras, após palavra, que não posso parar, que tenho de me apressar, pois as palavras estão acabando. Eu sei que é um assunto chato, que ninguém quer perder o próprio tempo com reflexões alheias de uma cabeça que já não sabe do que esta falando, mas ainda assim, não posso parar, ainda que ruim esta ‘dança’, esta surgindo tão naturalmente, que não me atrevo a interrompê-la e correr o risco de não ter outra a seguir.
Imaginei, agora, que o problema principal fosse o tópico sobre o qual escrever. Sempre acho que não tenho informações suficientes sobre os tópicos que para mim são interessantes, ou se tenho, minha falta de disposição entra em cena para que eu possa usá-la como desculpa para o branco no papel. A verdade é que tudo poderia ser a mesma coisa. A mesma força dentro de mim que esta se negando a me deixar escrever.
Disposição agora não esta me faltando, e para não correr o risco da falta de informação, vou falar sobre o único assunto no qual não me falta pericia, eu mesma.
Acho que nunca falei de mim mesma no decorrer dos blogs, embora textos e mais textos contenham mares de informações sobre a minha pessoa, meus sentimentos, meus pensamentos, falar de mim sempre foi seguir uma ficha técnica de dados simplórios que em nada colaboram para se conhecer alguém de fato.
Começar pelo nome e a idade, é de praxe, embora eu ache irrelevante, uma vez que seus olhos correm por estas linhas, o nome do espaço ao qual este texto é exposto já oferece essa informação básica.
Meus pais, de quem eu nunca falo nas minhas postagens, possuem a culpa majoritária da minha personalidade autoritária, teimosa e impaciente. São dois sociólogos mais do que engajados nas lutas por uma sociedade mais justa, cada um em seu movimento social especifico, embora eu ache que eles na verdade trabalhem no mesmo corpo, só que órgãos diferentes. Quando eu era pequena, costumava compará-los com os super heróis que via em filmes e histórias... Não, não têm nada a ver com a admiração de filhos que vêem os pais como seres super poderosos, mas quando era explicado para mim que o trabalho deles era lutar por um mundo melhor, não tinha como não associar aquela odisséia heróica por paz, justiça e bondade para toda a humanidade, a única diferença é que os heróis lutavam contra vilões unanimemente apontados como tal através da violência, e meus pais... Bom, eles usam um jeito um pouco mais demorado, porque os bandidos em questão são vistos como mocinhos por muita gente.
Graças a eles eu desenvolvi um apreço muito grande pelas ciências humanas. Tenho certeza que com um direcionamento diferente eu poderia ter sido uma médica ou engenheira civil muito hábil, assim, serei eternamente grata a eles por nunca tentarem me empurrar para nenhuma outra categoria da ciência que não as humanas, a rotina de outra área acabaria com a minha criatividade.
Meu pai, em especial, é o responsável por eu gostar tanto de história. Com 9 anos de idade, a maioria ganha brinquedos no dia das ‘crianças’, ou roupas, ou um dia no parque de diversões... Eu ganhei ‘O livro de ouro da mitologia - Thomas Bulfinch’, não, não é um livro infantil, eu ainda o uso agora no ensino superior. Na época eu já gostava de história, já mostrava um interesse pela matéria, mas também demonstrava isso pela matemática. Não foi o livro que me fez gostar de história, minha mãe já tinha me dado ‘A Odisseia’, versão de Ruth Rocha, e eu tinha outros livros de mitologia, mas todos eram livros infantis, apenas com mitos condensados para crianças, essa é a lembrança mais antiga que tenho que me incentivou mais seriamente para área. Mais ou menos dois anos depois, já na segunda etapa do ensino fundamental, quando passei a ter professores específicos para cada disciplina, minha preferência por história ficou mais do que clara, isso, ou eu estava muito apaixonada pelo professor, o que não deixa de ser verdade, mas infelizmente ele partiu meu coração largando a magistratura e alistando-se na marinha. A partir daí o resto das minhas leituras e empenhos foram voltadas para livros que continham informações históricas ou referencias a mitos, em especial sobre a antiguidade.
Apesar de sempre ter tido muita preguiça de ler e estudar, minhas notas nunca foram ruins, muito pelo contrário, eram até bem boas. Mas chegou o momento no qual eu não podia mais fugir a ler livros grandes, e que como não falavam sobre mitologia, não me interessava de fato. Eu devia ter entre 10 e 11 anos, quando uma grande amiga minha me apresentou um livro que seria um grande personagem nos próximos anos da minha vida...
domingo, 29 de maio de 2011
Palavras
Eu pretendia voltar a escrever usando o dia 17 de maio como desculpa, e falar sobre o dia de luta contra a homofobia. Obviamente eu não consegui fazê-lo. Depois, eu quis falar sobre o novo código florestal que esta gerando tanta polemica, mas novamente, eu não consegui. Agora, eu tinha preparado todo um conjunto de palavras, citações e comentários sobre histórias, filmes e revistas, por causa do dia do orgulho nerd, mas isso eu também não consegui fazer.
Houve um tempo em que nada mais me dava tanto prazer quanto escrever. Não importava as coisas que me acontecessem, escrever estava acima de tudo. Os amigos que se foram, os amores que me deixaram, as oportunidades que perdi, nada disso me impedia de levantar porque se tudo acontecesse, eu ainda poderia escrever. Não sei, não sei se o ‘De A à Zélia’ serviu ao seu proposito, ou se teria sido melhor continuar com o ‘Different kind of wonderful’, talvez não importe, já que as palavras agora não fogem mais de mim, elas simplesmente parecem não existir mais.
Não sei quando o bloqueio começou, não sei quando ele irá acabar, mas se eu não puder mais usar as palavras, então não posso mais ser eu. De todas as vezes que me reinventei, meu novo eu continuava a escrever, a dançar com as palavras, ainda que mal, ainda que incompreensível, ainda que sem olhos para lerem.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Casamento gay no Brasil
Este texto foi publicado várias vezes, em diversos fóruns sobre respeito a diversidade sexual, em inglês, e sem autoria. Achei que ele merecia ser lido em português, afinal, essa pouca vergonha de casamento gay realmente não faz sentido.
1. Ser gay não é natural. Brasileiros de verdade sempre rejeitam as coisas artificiais, como lentes de contato, poliéster e ar condicionado.
2. O casamento gay vai encorajar pessoas a serem gays, da mesma forma que sair com pessoas altas vai fazer você ficar mais alto.
3. Legalizar o casamento gay vai abrir um precedente pra todo o tipo de comportamento maluco. As pessoas podem até querer casar com seus bichos de estimação.
4. O casamento hetero esteve aí este tempo todo e nunca mudou: mulheres continuam sendo propriedade dos homens, negros não podem casar com brancos e o divórcio continua ilegal.
5. O casamento hetero perderia o sentido se o casamento gay fosse permitido. O sacramento do casamento só de zoação de 55 horas da Britney Spears seria destruído.
6. Casamentos heteros são validos porque produzem crianças. Casais gays, pessoas inférteis e pessoas velhas não devem ter o casamento permitido, porque nossos orfanatos não estão cheios o suficiente, e o mundo precisa de mais crianças.
7. Obviamente pais gays só criam filhos gays, assim como casais heteros só criam filhos heteros.
8. O casamento gay não tem o apoio dos religiosos. Numa teocracia que nós vivemos, os valores de uma única religião têm que ser impostos sobre todas as pessoas do país inteiro. É por isso que temos apenas uma religião no Brasil.
9. Crianças nunca podem ter sucesso sem o papel de um modelo de homem e mulher em casa. É por isso que na nossa sociedade é estritamente proibido pais ou mães solteiros criarem crianças sozinhas.
10. O casamento gay vai mudar os fundamentos da sociedade; nós nunca poderemos nos adaptar a novas normas sociais. Assim como nós não nos adaptamos aos carros, ao terceiro setor, vidas mais longas e a internet.
William De Lucca
Que acha que essas maluquices só dao certo em paises sub-desenvolvidos, como o Canadá