terça-feira, 20 de setembro de 2011

Devaneios

É tão surpreso, inesperado e, ultimamente, raro, quando as palavras me visitam, mais ainda quando me chamam para brincar, dançar... Não posso ignora-las quando tão pacificamente desejam estar comigo, verbalizar o que geralmente não consigo.

Ando tendo vontades, vontades que nunca tive... Vontades que sempre achei tão sem sentido nos outros. O universo veio divertir-se comigo, me colocou essa vontade, essa fome pelo novo, e a escolha, entre sacia-la ou para sempre viver na frustração.
Eu andei pensando, se esse furor me atingiu muito tarde, ou se na verdade estou no tempo certo... Não sei, não compreendo o conceito de tempo certo, sempre achei que pessoas distintas possuem tempo distinto, nunca fui fã de padrões, talvez por não me encaixar neles, talvez não me encaixe por não gostar... Oh, que confusão!
Por muito tempo eu achei que não poderia falar de muita coisa. Digo... Conversar sobre tantos assuntos quanto se fosse possível. Ainda me surpreendo quando algum tópico é para mim familiar, e quando tenho algo a opinar a respeito, ou quando tenho algum conhecimento a respeito. Parece não estar certo, parece não ser eu, eu sinto que mudei, mas ao mesmo tempo, me sinto a mesma, como se na verdade eu sempre tivesse sido assim, e por algum motivo agora esteja me achando uma estranha a mim mesma... Me vendo de fora... Quando menor, eu queria ser como meus pais, eu queria saber falar sobre as coisas, queria ser ouvida, queria que alguém soubesse minha opinião e em seus olhos viesse um vislumbre de clareza, me parecia uma coisa tão... Poderosa. Mas nunca me achei assim, nunca senti como se obtivesse exito, mas exito em que? Em ser ouvida? Já não me entendo mais...


Minha mãe tem razão, eu devia voltar para a terapia.

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